05/01/2021 16:01:24 - Atualizado em: 16/04/2021 15:16:20

ORIENTAÇÕES AOS OBESOS

Combatendo a Obesidade ou o Sobrepeso

 

  É certo que perder peso não é tarefa fácil para ninguém. Aliás, deveria ser mais fácil perder do que ganhar peso! Vale a pena ressaltar que a perda de peso é senão a pequena parte inicial do tratamento da obesidade. A manutenção dessa perda representa a outra face da moeda na abordagem dessa enfermidade. Assim, é preciso entender que, idealmente, o tratamento da obesidade é vitalício, ou seja, deve ser mantido pelo resto da vida, dado ser esta uma doença crônica e sem cura.

 

  Existem algumas opções para o tratamento da obesidade, entretanto a melhor conduta é a reeducação alimentar continuada, associada à atividade física regular. Dessa forma, pode-se obter ótimos resultados em longo prazo.

 

  Essa modificação do estilo de vida, embora seja a mais eficiente, é também a mais difícil de ser obtida, pois exige esforços contínuos, persistência e muita motivação. É fácil entender que é preciso fazê-la, o complicado é colocá-la em prática. É preciso que você se pergunte: “Estou mesmo disposto a mudar os meus hábitos alimentares? Estou mesmo disposto a fazer exercícios regularmente e para o resto da vida para que eu alcance meus objetivos e não recupere meu peso mais tarde?“ Esse questionamento é fundamental, pois você terá que aprender a comer menos ou de forma diferente e a se movimentar mais do que deseja, passando por cima de hábitos adquiridos talvez durante uma vida inteira! Mudar, mesmo que para melhor, é sempre tarefa muito difícil, mas não impossível. Aos poucos nos acostumamos com as mudanças, o que torna tudo mais fácil.

 

 As pessoas procuram soluções mágicas e rápidas para emagrecer. Usam fórmulas contendo inúmeros medicamentos, mesmo sem saber que substâncias são essas ou quais os riscos do seu uso indevido. Apesar de proibidas pelo Ministério da Saúde e Conselhos de Medicina, essas fórmulas para emagrecer foram prescritas em muitos consultórios e clínicas de emagrecimento por muitas décadas, pois não havia uma fiscalização rigorosa pela Vigilância Sanitária. Não existia qualquer comprovação científica de que essas associações medicamentosas eram mais eficazes! Na verdade, essas associações de anfetaminas, tranqüilizantes, diuréticos, hormônios e laxantes causavam riscos à saúde humana.

 

  Os moderadores de apetite eram liberados para uso durante um tempo limitado, pois perdiam sua eficácia depois de alguns meses. Além disso, podiam causar dependência química, distúrbios cardíacos, problemas hormonais, depressão, transtornos familiares, propensão à recuperação do peso após sua interrupção, etc. Portanto, não eram ainda uma solução para a obesidade! Alguns pacientes se beneficiavam com o uso desses moderadores por certo tempo e com cautela, mas não todos!

 

  A partir de janeiro de 2008, surgiram novas normas para a prescrição dos moderadores de apetite, sendo mais rigorosa a fiscalização do seu uso pela ANVISA (Vigilância Sanitária). Em 2011, as anfetaminas foram proibidas no Brasil, e a Sibutramina foi proibida na Europa e nos EUA, por causar aumento de risco cardiovascular (eventos como Infarto, etc). Atualmente, existem poucas opções de remédios, a maioria sem comprovação de benefícios.

 

  Portanto, cuide da sua saúde! Você tem a capacidade para conseguir o que quer: basta tentar e persistir! A sua vontade de perder peso deve ser maior do que a sua vontade de comer. Busque meios alternativos para controlar sua ansiedade e compulsão alimentar e não dependa de medicamentos para este fim.

 

Dra. Patrícia Gonçalves Godinho Fróes

CRM 35375

* Orientações baseadas em artigos médicos, livros e experiência profissional.

 

Fonte:
Categoria: Endocrinologia